Quem nunca viu ou comeu panettone, especialmente na época do Natal, certamente não vive na parte ocidental do planeta. Ou talvez nem no planeta… Figura inevitavelmente presente nas mesas no final de ano, em diversas versões bem brasileiras que nem de longe remetem à receita original, como chocottone ou sorvettone. Sua origem, de tão antiga e pouco documentada, é controversa.
Existem várias lendas que explicam a origem desse famoso pão. E todas elas remetem à Itália, berço dessa delícia. Uma das mais famosas é a história do padeiro Toni, que querendo impressionar o patrão (e sua filha) teria criado o famoso pão recheado de frutas secas e leve aroma de baunilha.
Pão do Toni, pane de Toni, panettone!
Outra lenda diz que um padeiro chamado Antonio, trabalhando na corte de Ludovico, por volta de 1490, às vésperas do Natal, teria feito um pão com as sobras de massa e das frutas que encontrou. A intenção era levar o pão para casa, mas quando a sobremesa feita para a ocasião queimou, nada restou além do seu pão doce para servir à corte.
Ludovico teria ficado impressionado e perguntado o nome da iguaria. Antonio teria dito que ainda não tinha nome, e Ludovico o batizou de pane di Toni.
Céticos em relação às lendas vasculham a origem do nome do pão para esclarecer sua origem.
Panettone teria derivado do vocabulário milanês panatón ou panattón (que por sua vez também tem origem e significado controversos). Ou viria de “panetto” (pãozinho) mais “panone” (pão grande), o que em português seria algo como “pãozinhozão”. Fica até difícil imaginar qual o tamanho desse panettone.
De qualquer forma, vindo de onde vier, tradicional ou abrasileirado, o pão não é famoso a toa. Natal sem Panettone não é Natal.
Sim, Panettone harmoniza com vinho! O tradicional vai muito bem com Moscato d’Asti (clique AQUI) e Madeira (AQUI), bem como o sorvettone. Já o Chocottone fica maravilhoso com Porto (AQUI).