O sentido do Olfato e a degustação

Quem é do mundo do vinho sabe que sentir os aromas é uma das etapas mais prazerosas da degustação.

Sem o olfato não sentimos os aromas e nem mesmo os sabores, uma vez que o sabor é composto por aromas e gosto. Pessoas que por conta de algum acidente perderam o olfato, acabaram tendo não somente o sabor diminuído drasticamente (e com ele o prazer de se alimentar) como também perceberam um significativo declínio na capacidade de sentir emoções.

Isso acontece porque durante a evolução humana, em um mundo de trevas, ter um olfato apurado fazia a diferença entre viver ou morrer, ser caçado ou caçar. O sentido se desenvolveu em uma parte primitiva da mente, super protegida e na mesma região onde a capacidade humana de envolver-se e sentir emoções foi estruturada ao longo da evolução. Pode-se dizer que as emoções desenvolveram-se a partir e “ao redor” do sentido do olfato.

O olfato é processado por neurônios próprios, que não têm contato nenhum com a vontade ou a consciência. Isso quer dizer que gostar, não gostar ou sentir repulsa a determinados aromas é um processo totalmente automático e fora do seu controle.

Aromas também despertam lembranças já esquecidas pela consciência e nos transportam no tempo e no espaço. Quem nunca viajou por um milésimo de segundo, com direito a todas as sensações físicas, ao sentir algum aroma que marcou a infância? Quem nunca foi transportado a algum lugar distante ao sentir um cheiro que lhe remete à ocasião?

Todas as pessoas têm a capacidade de usar o olfato para obter prazer, mas os apreciadores de vinho têm uma vantagem extra sobre os demais: o treinamento.

Quanto mais você beber vinho, prestando atenção às sensações olfativas causadas por ele, maior fica seu “banco de dados de aromas” e sua capacidade de perceber sutilezas, fazer conexões e sentir ainda mais aromas.

Siga nossas dicas para treinar o olfato e obter ainda mais prazer na degustação clicando na palavra em destaque:

Não existe expressão máxima da Chardonnay como em Chablis. Aqui a uva adquire uma mineralidade única e encantadora. Além de deliciosos, os Chablis vão encantar o seu olfato.

Os Vinhos do Porto têm aromas únicos.  A oxidação pela qual esse vinho passa pode ser considerada um defeito em outros tipos de vinho, mas nele é uma preciosa característica. Conheça os Portos da Quinta do Tedo.

O Quadrio é um vinho que precisa de tempo para se abrir completamente. Use um decanter e deguste-o calmamente. Camadas de aromas vão se mostrar, revelando notas de frutas, aromas terrosos e de geleia. Delicioso!

A Moscato é uma uva extremamente aromática, com notas doces de pêssego e uvas, características da casta. Não deixe seu nariz te enganar! Embora os aromas sejam doces, o sabor desse vinho é deliciosamente seco e refrescante.