A delicada relação entre o vinho e seu preço

Poucas pessoas são experts em vinhos, mas somos todos experts quando o assunto é dinheiro. A famosa relação qualidade/preço é quase um mito. A primeira pergunta que vem à cabeça quando nos deparamos com um vinho barato é o quanto ele pode ser bom. É uma mistura de esperança de que a qualidade seja mais alta que o preço com o medo de estar sendo ingênuo. 

O preço nem sempre prediz a qualidade. Existe correlação, mas ela é bem mais sutil do que o mercado quer que você acredite. É como um jogo de espelhos, você vê o reflexo, mas este é bastante distorcido pelo modismo, pelo mercado e pela luxúria.

O custo de se produzir um vinho, mesmo um grande vinho, é relativamente baixo. Todavia, se você quiser construir uma vinícola pomposa e sofisticada seu gasto será maior e consequentemente você terá que cobrar mais por ele.

Da mesma forma que existem carros ou bolsas que custam uma fortuna sem ser necessariamente melhores que outros que custam a metade do preço, também existem vinhos cuja marca ou grande pontuação de críticos faz o preço subir à estratosfera. Esses são vinhos destinados aos consumidores cujo luxo da marca faz toda a diferença.

Hoje, o luxo é tudo no mercado. Vinhos luxuosos viraram objetos de desejo, de coleção. São a mostra do conhecimento e do status nas melhores mesas. Muitos preferem lucrar mais e investir em vinhos caros que dão maior retorno financeiro explorando este mercado de luxo. O que é muito vantajoso já que vinhos mais baratos são bem menos lucrativos.

Por outro lado “novas” regiões produtoras como as da América do Sul e África produzem em sua maioria vinhos mais em conta, ainda que estejam conquistando cada vez mais espaço entre rótulos sofisticados. É possível encontrar nessas regiões e até mesmo nas clássicas europeias alguns vinhos com a mítica relação qualidade/preço. Mas para conseguir essa relação é preciso entender algo fundamental: embora seja relativamente barato produzir até mesmo grandes vinhos, até que ele chegue às mesas brasileiras seu preço já se elevou, e muito! Relativamente, pois temos que levar em conta todos os insumos: Além do custo da produção do vinho (claro!), temos garrafa, rolha, rótulo e contrarrótulo, embalagem, frete… Ou seja, não existe mágica. E no caso do Brasil, acrescente-se a quantidade absurda de impostos e protecionismo locais. Por essa razão os vinhos dos nossos vizinhos Chile e Argentina costumam ter preços mais atraentes que os europeus.

É importante entender que um vinho importado que custa aqui no Brasil 30 reais e tenha qualidade é um verdadeiro unicórnio: até tem gente que acredita, mas a realidade não colabora. Existem vinhos baratos vendidos aos balaios, mas vinhos baratos de qualidade não podem existir se a faixa de preço esperada for muito baixa.

Então chegamos a um ponto decisivo: beber muito vinho barato e sem qualidade ou menos vinhos e com qualidade? Para nós a resposta é clara.

Nós optamos por um caminho diferente da maioria das importadoras. Além dos clássicos, oferecemos a oportunidade de adquirir vinhos excepcionais a preços mais acessíveis. A busca pela qualidade é constante até chegarmos a produtores que não superfaturam seus produtos buscando aparecer.

Isso quer dizer que temos vinhos com preços justos em qualquer faixa de preço que você esteja procurando, inclusive os vinhos mais em conta, que oferecem qualidade com preço acessível, que é o real significado de custo/benefício.

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