Nem tudo o que a gente ouve sobre vinho por aí é verdade! Esteja atento para não ser enganado por lendas.
1 – Quanto mais cara a garrafa, melhor.
Paladar é pessoal e intransferível e gosto pessoal não se mede com cifras. Vinhos de uma faixa de preço mais alta podem ser melhores que muitas “pechinchas” suspeitas, mas um vinho inacreditavelmente caro pode ser tão bom quanto outro que não arrombe sua conta bancária…
2 – Quanto mais pesada a garrafa, melhor o vinho (ou quanto mais elaborado o rótulo, melhor).
É isso mesmo que os departamentos de marketing querem que você pense. Mas o que importa não é a garrafa e sim o que está dentro dela. Antes de beber não dá pra saber se o vinho é bom. Tome como exemplo os maiores e mais conhecidos vinhos, como Bordeaux ou Borgonha. As garrafas são boas e simples. Os rótulos não são chamativos, extra coloridos ou elaborados.
3 – Vinho tinto deve ser bebido com carnes vermelhas e brancos, com peixe.
Essa é uma regra bem geral, mas não absoluta. A harmonização depende de muitos outros fatores além da cor dos ingredientes. É preciso analisar o “peso” dos sabores e aromas do prato, o método de cocção, os molhos, guarnições e muito mais coisas além da cor.
4 – Os vinhos melhoram com a idade.
Ao contrário, a maioria é feita para ser bebido jovem. Quem ganha com o tempo são os vinhos de guarda que são mais raros e caros. Vinhos de guarda precisam ser produzidos com essa intenção e não é qualquer lugar que tem uvas, métodos e até mesmo vontade de produzir vinhos de guarda. Para muitos produtores é melhor, mais econômico e lucrativo fazer vinhos para consumo imediato.
5 – Existe vinho para homens e vinhos para mulheres.
Bobagem! Muita, muita bobagem!
O que existe são vinho para principiantes e vinhos para quem já tem experiência. Paladar não tem gênero e evolui da mesma forma. Normalmente quem está começando a beber vinhos prefere os mais leves, adocicados e fáceis de beber. Com o tempo e a prática o paladar evolui e deixamos de gostar dos vinhos mais fáceis, partimos para os mais complexos, tânicos e difíceis.
Algumas regiões, como a Borgonha, produzem vinhos frequentemente descritos como “femininos” mas o termo nada tem a ver com o gênero de quem vai beber os vinhos e sim com sua elegância e complexidade.
6 – Vinho de misturas de uvas não são bons.
Outra bobagem. O corte, blend ou assemblage visa melhorar os vinhos. O que falta em uma uva pode ser complementado com outra e assim criar um vinho equilibrado. É como uma orquestra. Um piano solo pode ser lindo, mas uma música que inclua outros instrumentos pode ser ainda melhor.
7 – Vinhos “Reserva” são melhores
Depende do país de origem. A expressão pode ser usada em alguns países que possuem leis que regem a produção e ter diferentes significados que vão desde o tempo de madeira até teor alcoólico. Ou pode também ser usada por produtores de países que ainda não possuem leis no setor apenas para atrair o consumidor incauto.