A Basilicata, região no sul da Itália, possui solo naturalmente vulcânico e altitude de 500-550 metros acima do nível do mar. O Mont Vulture é um vulcão extinto que atualmente é rodeado de videiras. É nesta região que encontramos as condições que são ideais para a uva Aglianico. Esta casta amadurece tarde e é frequentemente uma das últimas uvas tintas a serem colhidas na Itália, sendo selecionadas no final de outubro para o início de novembro.
Vinhos Aglianico del Vulture são potencialmente encorpados, desenvolvendo textura rica, estruturado, de taninos firmes, acidez bastante viva e as típicas notas de chocolate-cereja. O sul da Itália se destaca na produção da uva, uma vez que seu clima consegue garantir a correta e necessária maturação da uva, equilibrando sua acidez acentuada.
O solos vulcânicos da região salvaram os vinhedos da Filoxera, pois esta não se desenvolve em áreas ricas em enxofre. Assim, a Basilicata e a Campania ainda plantam vinhedos em pé franco (sem enxerto). Vulture, Taurasi e Taburno são principais sub-regiões onde estas condições são encontradas.
Aglianico é conhecido por seu grande potencial de envelhecimento e sua capacidade suavizar seus taninos alcançando uma textura mais sedosa, com o tempo. Por isso é intitulado “o Barolo” do Sul.
A história da Aglianico del Vulture é muito antiga. Seu nome deriva de “Elleanico”, que significa: o que vem da Grécia. A uva provavelmente foi introduzida pelos gregos no sul da Itália no século VI ou VII a.C.
Uma das referências literárias sobre esta uva foi deixada pelo poeta romano Horácio, que celebra a beleza de sua terra natal e a qualidade do vinho.
Aglianico del Vulture foi premiado com Denominazione di Origine Controllata (DOC) em 1971 e a superior Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) em 2011, a única na Basilicata.